Resumo

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A ENGENHOSA BUCOLICA SEISCENTISTA

CASSIO BORGES

Orientador(a): Antonio Alcir Bernardez Pécora

Doutorado em Teoria e História Literária - 2008

Nro. chamada: T/UNICAMP - B644E


Resumo:
Ao reler a Fábula de Polifemo y Galatea de Góngora, esta Engenhosa Bucólica Seiscentista, tendo em vista os regimes oratórios de representação letrada, assim como a especificidade aguda da preceptiva poética coetânea, procura delinear um viés interpretativo que se esquiva tanto do paradigma psico-sociológico, empreendido, de modo exemplar, na fortuna crítica de Góngora, por Robert Jammes, quanto da linhagem estilística postulada por Dámaso Alonso. Recuperando categorias interpretativas forjadas pelas principais Artes de Engenho, sobretudo, as de Emanuele Tesauro e Baltasar Gracián, o presente estudo, em convergência com os novos trabalhos dedicados à oratória ibérica seiscentista, como os de Antonio Martí e de Luisa López Grigera, examina a atualização gongórica da fábula greco-latina atendo-se, por um lado, ao procedimento tropológico-analítico que particulariza a elocução de Góngora, por outro, ao incremento cortês que ali afeta o arranjo convencional do argumento fabular, concebendo ambos sob o signo de uma emulação que, ao pressupor o aprimoramento da língua romance, empenha-se na institucionalização, via consenso erudito, de um decoro agudo, ou seja, de um uso que, ao restringir seus campos de interlocução, imagina uma companhia engenhosamente discreta.

Palavras-chave: Gongora y Argote, Luis de, 1561-1627 - Crítica e interpretação; Polifemo (Literatura); Agudeza; Poética; Retórica.

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