Resumo: Uma nova leitura do "Eu", de Augusto dos Anjos, é a proposta maior desta tese: que também apresenta objetivos secundários, como uma incursão pelas obras e periódicos do final do século XIX e início do XX, para entender a visão de mundo do intelectual daquela época; a compreensão das alegorias e metáforas da podridão, utilizadas pelo poeta e edessa sondagem no "eu" individual, projetado no "Eu" coletivo; encontrar em qual linha da monadologia está norteada a filosofia de Augustodos Anjos; ver o que se veiculava, naquela época, sobre o Budismo, a Teosofia, o pensamento de Nietzsche, Haeckel, Kant, Schopenhauere Bargson; sobre a mímese aristotélica, as tragédias grega e moderna; estudar a etimologia das palavras de Augusto e tecer um paralelo com "Ruínas de um Governo", de Rui Barbosa, encontrando um sentido para esse poema lírico-trágico-moderno, o "Eu" e sentir essa solidão humana no homem desamparado neste país de tantas injustiças sociais.
Palavras-chave: Anjos, Augusto dos, 1884-1914; Barbosa, Rui, 1849-1923; Fonseca, Hermes da, 1855-1923; Candido, João, 1880-1969; República.