Resumo

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REFLEXÕES SOBRE A GAGUEIRA INFANTIL NA RELAÇÃO CORPO E LINGUAGEM

MARIA TERESA TEANI DE FREITAS CURTI

Orientador(a): Maria Fausta Cajahyba Pereira de Castro

Mestrado em Linguística - 2009

Nro. chamada: T/UNICAMP - C94R


Resumo:
Este trabalho propõe-se a refletir sobre a gagueira, mais particularmente a gagueira infantil. Nosso objetivo inicial é o de interrogar um modelo teórico-clínico que toma a gagueira como conseqüência de um problema no plano do processamento lingüístico e de uma dificuldade articulatória na realização de um grupo específico de fonemas; posteriormente, é encaminhada nossa hipótese sobre a formação desse sintoma na fala infantil. Nessa trajetória, valemo-nos do diálogo com o interacionismo em aquisição de linguagem e sua repercussão nos trabalhos sobre a clínica de linguagem, além de uma aproximação com a psicanálise. Procuramos, junto aos autores desses campos de estudo, argumentos para pensar a incidência da fala do outro na relação entre corpo e linguagem. Esta articulação teórica permitiu-nos pensar a fala da criança com gagueira e discutir alguns dados da fala de uma criança de 2:10 de idade, em tratamento clínico com esta pesquisadora. Tais dados ofereceram-nos evidências para questionar as hipóteses que supõem um lócus privilegiado de incidência da gagueira na cadeia da fala. As concepções que utilizam as mesmas categorias descritivas da fala alterada do adulto para a caracterização da fala da criança com gagueira foram problematizadas a partir de teorias da clínica de linguagem. Procuramos abordar a constituição subjetiva e o processo de entrada da criança no simbólico, assim como o processo de aquisição da linguagem e as mudanças típicas da infância, em que se observam os efeitos da linguagem sobre o corpo da criança.A fala da criança que apresenta gagueira foi colocada em questão e o foco central foi estabelecido em torno da afetação que o sintoma gagueira produz no outro e no próprio sujeito: um modo particular de enlaçamento na e pela linguagem – a relação sujeito-língua e fala. Mantivemos principalmente um diálogo com as reflexões de Fontaine (2002), em seu texto “A implantação do significante no corpo”. Isto nos possibilitou tecer uma indagação que implica o corpo a partir da sua relação com o significante. Abordamos, assim, a gagueira infantil levando em conta o entrelaçamento corpo e linguagem.

Palavras-chave: Gagueira; Aquisição da linguagem; Língua materna; Corpo e linguagem; Significante.

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