Resumo: Este trabalho visa introduzir um estudo da componente literária no chamado jornalismo literário, tomando como ponto de partida a análise de três livros: Hiroshima, de John Hersey, A sangue frio, de Truman Capote, e Olga, de Fernando Morais. A proposta é compreender o porquê da rubrica “literário” que os três livros-reportagens escolhidos possuem — a seleção foi feita por meio de uma pesquisa prévia, que apontava esses livros como marcos no chamado “Novo Jornalismo” (variante do nome jornalismo literário), tanto no cenário internacional quanto nacional; também porque são distintos entre si (fragmentos de histórias, romance narrativo e biografia, respectivamente) e, por isso, apresentaram mais dados como corpus do trabalho. Nesse sentido, lança-se mão dessas três obras, reconhecidas tanto pela crítica quanto pelo mercado editorial, para investigar um provável hibridismo entre os discursos literários e jornalísticos. Para tanto, duas questões são de fundamental importância, a saber, a linguagem e a relação do jornalismo e da literatura com o “real”, obrigando a um estudo sobre os conceitos teóricos principalmente de literatura.
Palavras-chave: Jornalismo literário; Livro-reportagem; Romance de não-ficção.