Resumo

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RELAÇÕES DIPLOMATICAS OFICIAIS DE CONTATO BRASIL/ALEMANHA PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E DA QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO SOBRE OS LUGARES DE INTERLOCUÇÃO OCUPADOS POR BRASILEIROS E ALEMÃES, A P

IAN OLIVEIRA DE ASSIS

Orientador(a): Carmen Zink Bolognini

Mestrado em Linguística Aplicada - 2008

Nro. chamada: T/UNICAMP - AS76R


Resumo:
A partir de postulados da Análise do Discurso tais como:
· Efeitos de verdade estão relacionados ao poder, estão estabelecidos discursivamente por ele e fora dele inexistem (Foucault, 1969);
· Todo sujeito fala a partir de lugares de interlocução constituídos discursivamente e ideologicamente definidos — ou seja, todo sujeito é constituído pelo discurso e, ao falar, põe em movimento a memória e a história da sua cultura, da sua sociedade, do seu país (Orlandi, 1993);
· Há sempre um jogo de força na memória sob o choque do acontecimento: jogo que visa manter uma regularização pré-existente, com os implícitos que ela veicula, que visa confrontá-la como estabilização parafrástica, negociando a integração do acontecimento até absorvê-lo e, eventualmente dissolvê-lo, mas também, ao contrário, jogo de força de uma desregulação que vem perturbar a rede de implícitos (Pêcheux, 1983).
e com base na pesquisa efetuada por Zink (1996), acerca das relações de contato entre brasileiros e alemães, este trabalho analisa características das relações diplomáticas oficiais de contato Brasil/Alemanha, no que tange a parcerias de ação para a preservação do meio ambiente e da qualidade de vida no Planeta. Nele, além de serem pesquisadas características desse discurso oficial, investigamos em que medida a necessidade de não ignorar os danos ambientais produziu deslocamentos no funcionamento de discursos estabilizados nessas relações de contato e se o discurso sobre a necessidade de preservação ambiental reorganiza, ou não, as redes de memória anteriormente estabelecidas. Os resultados indicam, por um lado, oscilação entre um discurso afiliado ao chamado “paradigma social dominante” e um discurso preservacionista, de preocupação com o meio ambiente e contra a miséria e, por outro, oscilação entre a repetição dos lugares de interlocução anteriormente estabilizados e uma tendência à alteração desses lugares. Tal situação aponta para o alerta de Pêcheux (1983), de que para a caracterização da memória impregnada pelo acontecimento discursivo novo é necessário que se leve em conta “um espaço móvel de divisões, de disjunções, de deslocamentos e de retomadas, de conflitos de regularização (...), um espaço de desdobramentos, réplicas, polêmicas e contra-discursos”.






Palavras-chave: Brasil - Relações exteriores; Análise do discurso; Memória; Meio ambiente; Proteção ambiental.

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