Coordenação: Nina Leite

Com a perspectiva de participar do encontro da Association Encore em janeiro de 2020 em Paris cuja proposta gira em torno do ATO em psicanálise, proponho a constituição de um grupo que deverá partir da leitura e discussão do seminário de 67-68. Várias noções/conceitos em psicanálise apresentam-se marcados com o traço do ato: ato falho, passagem ao ato, acting out, ato sexual, ato analítico, por exemplo. O que este traço marca? Haveria aí algo que se atualiza como ato sempre referido a este traço? Ou as diversas ocorrências implicariam significações distintas?

Se considerarmos que o ato não se deixa reabsorver no sentido ou pelo sentido, implicaria isto que o ato intervém fora da história? Se por um lado podemos pensar que um acontecimento a-histórico pode ser incluído na história, isto não se faz sem resto que escapa à  interpretação. Este resto, pensamos, é o que das formações do inconsciente tem valor de ato.

As questões avançadas não deixam de convocar uma discussão sobre o lugar da história em suas relações com o inconsciente no ensino de Lacan, em seus diferentes momentos.

O grupo deverá ter início no dia 27 de março.