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Dissertações e Teses – Detalhe

Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp

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ARQUEOLOGIA DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: A NOVA ORDEM DE DISCURSO DE EDUCAÇÃO NACIONAL

ALEXANDRE FERREIRA DA COSTA

Orientador(a): Celene Margarida Cruz

Doutorado em Linguística Aplicada - 2007

Nro. chamada: T/UNICAMP - C823A


Resumo: O objeto desta pesquisa é a estrutura de formação do professor na nova ordem de discurso da educação brasileira, constituída entre os anos de 1995 e 2002. Situado entre os estudos discursivos da Lingüística Aplicada, este trabalho discute o estatuto da área em sua relação com a Lingüística, de modo a poder propor uma arqueologia do processo de construção dessa nova ordem. A partir da revisão das noções de prática e estrutura nas obras de Mikhail Bakhtin, Umberto Eco, Michel Foucault, Pierre Bourdieu e Norman Fairclough, tomam-se os paradigmas da dialogia e da objetivação como os axiomas. O recorte empírico da crítica do documento e o dispositivo teórico-metodológico da Análise de Discurso Crítica são, então, estabelecidos como paradigmas para o estudo da cadeia textual na qual se localizam os discursos, os gêneros e os estilos que permitem identificar a nova estrutura de formação do professor. A partir da análise do tratamento da educação pelo Constituição Nacional de 1988, mapeiam-se os desdobramentos legais e institucionais que passam pela reformulação do Conselho Nacional de Educação, pela promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação e chegam ao estabelecimento das diretrizes e dos parâmetros curriculares atuais. Pelo exame dos discursos da sociedade educacional organizada e da perspectiva neoliberal das reformas educacionais, interpretam-se os valores e os objetivos das mudanças organizacionais e epistemológicas do trabalho escolar e suas conseqüências identitárias para o professor. Finalmente, mediante a reconsideração do professor como um sujeito do conhecimento e da sua posição nas recentes transformações dos processos de formação inicial e de formação continuada ou formação em serviço, conclui-se que, apesar das possibilidades de inovação da nova estrutura epistemológica do trabalho escolar proposta pelos PCN, a episteme da formação do professor ainda é, institucionalmente, relativa à reprodução. O exame das relações intertextuais e interdiscursivas dos percursos constitutivos permite demonstrar que a formação ‘para’ o trabalho, como “atividade de ensino”, e ‘pelo’ trabalho, como “formação em serviço”, construiu-se em permanente conflito com a demanda de ‘gestão democrática’, seja como “gerenciamento autônomo dos recursos materiais da escola”, seja como “elaboração competente das propostas político-pedagógicas da docência”. O conflito dessas duas demandas históricas resolveu-se pela submissão de uma à outra: a adequação do trabalho escolar às necessidades da reorganização da atividade econômica superpôs-se à qualificação científica, pedagógica e política das praticas educativas.

Palavras-chave: Professores - Formação; Trabalho escolar; Ordem de discurso; Educação - Brasil.

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