CAROLA RAPP
Orientador(a): Ester Miriam Scarpa
Doutorado em Linguística - 2003
Nro. chamada: T/UNICAMP - R182p
Resumo: O objetivo central deste trabalho é refletir sobre o conceito de parafasia. Agrega-se-lhe o compromisso de fazer uma concisa incursão pela história da afasiologia médica e da linguística afasiológica, para avivar fatos poucos conhecidos, mas, ainda hoje, norteadores dos enfoques dados aos estudos das afasias e das parafasias. Pretende-se verificar quão paralelas as parafasias se encontram em relação a possíveis palavras-alvo e, com esse intuito, estabeleceram-se critérios linguisticamente informados que visam a aproximá-las da fala não afásica, fornecendo subsídios para qualificá-las de fonológicas ou de lexicais. No entanto, qualificar a manifestação parafásica nem sempre transcorre de forma irrefragável, e os limites interpretativos tangenciam dois outros conceitos correlatos, quais sejam, o lapso e o jargão, incorporados a esta reflexão. Além das parafasias e dos conceitos correlatos, observam-se fenômenos que as acompanham e/ou lhe impulsionam a ocorrência, tais como, a atitude de busca, a atitude de retomada, a atitude epilinguística e o TOT state, que, na medida do possível, também serão incluídos na discussão. E finalmente, o esteio teórico, que norteia e estimula as reflexões aqui apresentadas, é dado pelas idéias de Jakobson (1969[1941], 1999[1969]), pela abordagem enunciativo-discursiva, proposta por Coudry (1988, 2002), de Ingram (1976, 1996), de Teixeira (1985, 1991) e de Rapp (1994).