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Dissertações e Teses – Detalhe

Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp

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PROCESSOS DE REFERENCIACAO: ANAFORAS ASSOCIATIVAS E NOMINALI

GRAZIELA ZAMPONI

Orientador(a): Ingedore Grunfeld Villaça Koch

Doutorado em Linguística - 2003

Nro. chamada: T/UNICAMP - Z14p


Resumo: Esta tese busca refletir sobre a anáfora associativa e a nominalização, além de lançar luz sobre o funcionamento do determinante definido e demonstrativo nesses tipos de anáforas. Conduzimos a investigação com base em exemplos atestados, notadamente extraídos de jornais e revistas. Nosso estudo é realizado da perspectiva teórica que tem como objeto o discurso, dentro de uma concepção sócio-construtivista do fenômeno referencial, de acordo com a qual os sujeitos constroem, através de práticas discursivas e cognitivas, social e culturalmente partilhadas, as versões públicas do mundo. A anáfora associativa introduz um objeto-de-discurso novo, no modo conhecido (sem relação de correferência), interpretado graças a informações anteriores introduzidas na memória discursiva. A relação que o elemento anafórico - um SN definido ou demonstrativo - mantém com a âncora que lhe serve de antecedente é de ingrediência e se dá com base nos conhecimentos semânticos e nos modelos mentais arquivados na memória. Assim, na nossa concepção, a anáfora associativa não se reduz apenas às relações previstas no léxico, mas é tributária do discurso, que envolve a dimensão cognitivo-interacional. A nominalização constitui a operação discursiva que consiste em referir um processo ou estado previamente significado por uma proposição, por meio de um sintagma nominal definido ou demonstrativo ou ainda de um pronome. Nessa construção, o anafórico sumariza as informações-suporte contidas em segmentos precedentes do texto, encapsulando-as e transformando-as em objetos-de-discurso. A nominalização envolve, assim, um processo de categorização, não sendo raro veicular avaliações sobre o objeto-de-discurso, numa clara estratégia argumentativa. Quanto ao determinante nas expressões nominais anafóricas, se na nominalização parece haver uma clara propensão à determinação demonstrativa, na anáfora associativa, ao contrário, há uma tendência muito acentuada ao uso do definido. A determinação demonstrativa neste tipo de anáfora é fonte de controvérsia, sendo considerada "desviante" dentro da concepção semântica do fenômeno. No entanto, a nosso ver, o uso de um ou outro determinante depende mais de interesses interacionais do que de restrições semânticas a priori.

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