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Dissertações e Teses – Detalhe

Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp

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CONFIGURACIONALIDADE EM LATIM CLASSICO ...

MARIA CRISTINA DA SILVA MARTINS

Orientador(a): Charlotte Marie Chambelland Galves

Doutorado em Linguística - 2002

Nro. chamada: T/UNICAMP - M366c


Resumo: Com base nos trabalhos de Hale (1983) e Baker (1996), esta tese propõe que o latim clássico apresenta características das línguas não-configuracionais, e que, por outro lado, o latim vulgar apresenta características das línguas configuracionais. Mostra-se que muitos fatos gramaticais ligados à não-configuracionalidade e à configuracionalidade já haviam sido reconhecidos pela tradição dos estudos de latim clássico e vulgar, e se expõe o que essa longa tradição considera como aspectos fundamentais dessas duas diglossias. Apresenta-se uma análise quantitativa das propriedades das línguas não-configuracionais, a saber, ordem livre de palavras, uso de expressões descontínuas e omissão de constituintes argumentais, que comprovam a validade de se poder afirmar que há semelhanças entre o latim clássico e línguas do tipo não-configuracional, ao mesmo tempo que mostram que em latim vulgar essas propriedades não estão representadas como da forma clássica: algumas sofrem modificações e outras não parecem. As análises quantitativa e qualitativa sobre a ocorrência das propriedades da não-configuracionalidade foram realizadas com base em dois textos representativos das duas sincronias da língua latina: De Relia Gallica e Peregrinatia Aetheriae. As diferenças quantitativas e qualitativas encontradas nos dois textos adquirem um caráter explicativo quando se propõe uma análise abstrata para o sintagma nominal do latim clássico, baseada em Fukui (1996) e para o latim vulgar em Abney (1996). Conclui-se que o latim clássico apresenta características das línguas não-configuracionais, mas que na verdade o que se tem é uma impressão de não-configuracionalidade,porque as principais propriedades da não configuracionalidade podem ser explicadas sintaticamente pela natureza de seu sintagma nominal, que não possui a categoria funcional determinante. O mesmo acontece no caso do latim vulgar, que tem características configuracionais devido à natureza do sintagma nominal, por possuir a categoria determinante. Mostra-se que existe inconsistência nos dados do latim vulgar, porque exibe características de latim clássico e latim vulgar ao mesmo tempo, o que configura um quadro de gramáticas em competição


Palavras-chave: Lingua latina - Gramatica comparada , Lingua latina - Latim vulgar

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