SONIA YOSHIE NAKAGAWA
Orientador(a): Marisa Philbert Lajolo
Mestrado em Teoria e História Literária - 1996
Nro. chamada: T/UNICAMP - N145c
Resumo: Há várias rotas alternativas a seguir quando a expressão verbal é difícil,ou mesmo vetada. Umdos caminhos à disposição compõe-se de traços, balões, pinceladas e 'falas' que, durante muito tempo, não foram consideradas sérias. As histórias em quadrinhos não pertencem apenas às crianças, como o diminutivo no nome pode sugerir; e esta dissertação pretende comprovar que as HQs,além de originarem trabalhos expressivos pela qualidade artística (Henfilfoio exemplo escolhido como possível autoria em um meio há muito 'industrializado'),participaram também como aliados valiosos na literatura. Assim,seja como lembrança das revistas infantis, seja como forma de comunicação paralela, as histórias quadrinizadas auxiliam na libertação do "não-dito", contornando o silêncio através de recursos mais diversificados e sutis, como a convocação de imagens na escrita, ou mesmo denunciando o 'enquadramento'. espacial das palavras, proibidas por várias razões. Seis contos, de seis diferentes autores e de épocas diversas, foram escolhidos e analisados por valerem-se da mídia dos quadrados desenhados. Em alguns textos, os quadrinhos não são a única fonte de referência, combinados com influências das telas ou fotos; mas, em todos eles, as HQs forneceram pistas da mescla do verbal com elementos da visualidade, comuns em sua forma de comunicar
Palavras-chave: Historias em quadrinhos , Contos brasileiros , Repressão (Psicologia) , Semiotica e literatura , Literatura comparada