A tese Ambivalências da vida boêmia, defendida por Thaís Soranzo no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), foi destaque em reportagem publicada pelo Jornal da Unicamp. O trabalho analisa as contradições vividas por artistas e escritores identificados com a boemia no século XIX, especialmente no que se refere à busca pela autonomia da arte em meio às exigências do mercado e ao desejo de prestígio social.
Com orientação do professor Jefferson Cano (DTL/IEL), a pesquisa adota uma perspectiva comparada entre Brasil, França e Inglaterra para investigar como literatos e pintores lidaram com os dilemas de criar uma arte inovadora e, ao mesmo tempo, viável economicamente. Entre os autores analisados estão Gonzaga Duque, Émile Zola e George Moore — intelectuais que também atuaram como críticos de arte e jornalistas, utilizando a imprensa como espaço de debate estético e de afirmação profissional.