O Grupo de Estudos e Pesquisa "Teoria Crítica e Educação" - com sedes na UNIMEP, UFSCar, Unicamp e UNESP-Araraquara, e com representantes na UEM-Maringá, na UFSC, na PUC-Minas e na UFG-Campus Catalão - desenvolve atividades de estudo e pesquisa, desde agosto de 1991, com o objetivo de aprofundar o conhecimento da Teoria Crítica da Sociedade e de sua contribuição para a análise de questões relacionadas à formação educacional e cultural contemporânea. Ao realizar seu 7º Evento Científico, pela quarta vez de cunho internacional, pretende promover um espaço coletivo mais amplo de reflexão e reunir especialistas de diversas áreas do saber, para debater questões relacionadas à tradição do pensamento dos teóricos da Teoria Crítica da Sociedade, notadamente os da primeira geração e de novas perspectivas que se abrem na medida em que os conceitos elaborados por tais teóricos são revitalizados pelos dilemas e desafios da sociedade capitalista atual.
A temática se reveste de importância porque as contribuições da Teoria Crítica, principalmente em sua vertente clássica da primeira geração dos frankfurtianos, alimentam o debate e a produção de vários projetos de pesquisa de inúmeros pesquisadores e estudiosos. Um número significativo de livros, capítulos de livros, artigos, traduções, apresentações de ensaios em congressos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, foram produzidos por nosso Grupo de Pesquisa e por outros pesquisadores que, em nosso país e no exterior, se subsidiam da Teoria crítica como referencial teórico.
A ideia de crise é tão antiga quanto a modernidade. Com efeito, seu campo de validade pode ser facilmente estendível para toda a história da humanidade, fazendo com que seja difícil imaginar um período ao qual não se aplicasse. Haveria, portanto, uma crise no próprio discurso sobre a crise e o conceito muito facilmente se aproximaria de uma categoria narrativa, um dado de conteúdo que se converteria em um achado formal, um dispositivo para que certos tipos de elaborações teóricas fossem realizadas. No entanto, o presente oferece razões de sobra para uma revitalização do pensamento sobre a crise como algo dado. Desde o desaparecimento de vestígios utópicos no ideário político, e o estado permanente de guerra imperial, passando pelo conformismo da crítica acadêmica, e chegando à crise ecológica, cujas proporções podem atingir um grau inédito na história da humanidade, a realidade aponta para uma relevância talvez inédita do conceito de crise. O VII Congresso Internacional de Teoria Crítica Natureza, sociedade: crises pretende trazer a Teoria Crítica para a reflexão sobre esse estado de coisas. Com seu impulso de trabalho interdisciplinar e sua ambição de construir uma totalidade de pensamento, a Teoria Crítica pode revelar-se um espaço precioso para a reflexão sobre os horizontes da crise.
Convida-se o envio de resumos ligados à temática acima, nos seguintes eixos:
Informações Adicionais:
Data: 13 a 17 de setembro de 2010;
Local: Instituto de Estudos da Linguagem -Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);