Objetivos: Promover o estudo e a discussão sobre as patologias na infância e a estruturação subjetiva. Oferecer uma atividade clínica que vise realizar o diagnóstico estrutural e longitudinal e o atendimento precoce a crianças com dificuldades na função da fala e no campo da linguagem. Discutir questões sobre os aspectos clínicos, éticos e práticos desse trabalho, a partir dos encaminhamentos recebidos de profissionais da saúde e da educação. Partimos do princípio que para a psicanálise o objetivo principal do diagnóstico é pontuar o lugar do sujeito na estrutura. Eventualmente o Elipsi oferece cursos de extensão abordando temas sobre a criança e a linguagem na psicanálise. Nossa prática tem como diretrizes básicas:

  1. Intervir precocemente e agilizar o acesso da criança, e seus pais, a um tratamento psicanalítico (crianças de até seis anos de idade);
  2. Possibilitar o atendimento e o encaminhamento para profissionais comprometidos com a formação psicanalítica.
  3. Oferecer assessoria aos trabalhos realizados com crianças em instituições.

Coordenação: Eliana da Silva Benguela (psicanalista, Outrarte-IEL/Unicamp), Conceição Aparecida Costa Azenha (psicanalista, Outrarte-IEL/Unicamp), Mariângela Maximo Dias (psicanalista, Outrarte-IEL/Unicamp), Michele R. Faria (psicanalista, Outrarte-IEL/Unicamp).

Modalidades de atividades para seus participantes

Atendimento clínico: Para os interessados e em condições de oferecer esse trabalho.
Grupo de estudos: O grupo decide as leituras a partir das necessidades do trabalho clínico e das indagações teóricas que surgem nas discussões.

Discussão de casos: A partir de casos da literatura psicanalítica e de atendimentos clínicos realizados pelos participantes.

Supervisão: Em grupo e individual para os participantes que realizam atendimentos clínicos.

Percurso

2004: Primeiras aproximações ao tema. Nos primeiros encontros, discutimos sobre a proposta, sobre o livro “Há um infantil na psicose” de Bergès e Balbo e sobre um pedido de atendimento.
2007: Aprovação do projeto: O pedido para iniciar o projeto da clínica de Nina foi aprovado pelo IEL que concedeu para esse fim uma sala de atendimento junto ao prédio do CCA. Fizemos a discussão da proposta e avaliação das condições de atendimento. Iniciaram o projeto pessoas que participaram de sua elaboração, convidados e integrantes do SEMASOMa que manifestaram interesse pelo tema.
2008: Inicio das atividades clínicas e da estruturação dos projetos em reuniões quinzenais para estudos e discussão de casos clínicos.
2009: Inicio das apresentações e discussão de casos clínicos.
2015: Reestruturação do projeto e das atividades.

Percurso de estudo:

  1. “A intervenção psicanalítica nas psicoses não-decididas da infância” de Leda Fischer Bernardino, in: Psicose aberturas da clínica da APPOA;
  2. Lacan: “Alocução sobre as psicoses da criança” e “ Nota sobre a criança”, in: Outros Escritos;
  3. de “O nascimento do real”, à luz da leitura de “A Negativa” de Freud;
  4. “Autismos: uma contribuição para pensar o sujeito em psicanálise” de Nina Leite;
  5. “Notas sobre o diagnóstico diferencial da psicose e do autismo na infância” de M. Cristina M. Kupfer; (link do texto: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642000000100006)
  6. “Qual o tratamento para o sujeito autista?” de Jean-Claude Maleval; trad.: Paulo Sérgio de Souza Jr.; (link do texto: http://www.revistas.ufg.br/index.php/interacao/article/view/8504/5965)
  7. “Sobretudo verborrágicos: Os autistas”, de Jean-Claude Maleval; trad.: Paulo Sérgio de Souza Jr.

Programação 2016

Reuniões mensais: sexta-feira às 14h00

No primeiro semestre discutiremos textos relativos ao início do tratamento e as entrevistas preliminares:

FREUD, Sigmund, “O início do tratamento” . Imago 1975-80, vol. XII.
MANNONI, Maud. “A Primeira Entrevista em Psicanálise”. Ed. Campus 1980.
BALBO. G. (1981[1992]). “Demanda e Transferência”. (Educa-se uma criança?) Boletim APPOA, ano III, nº 7, Porto Alegre
QUINET, Antonio. “As 4 + 1 condições da análise”. Jorge Zahar, RJ, 1993. Cap.I: As funções das entrevistas preliminares.

Obs.: Leituras complementares poderão ser sugeridas durante o processo de discussão.

Reuniões agendadas:  26/02, 11/03, 08/04, 13/05, 10/6, 19/08, 23/09, 21/10, 25/11

Critérios para participação no projeto
O projeto é dirigido exclusivamente aos participantes e pesquisadores do Outrarte, que desenvolvem trabalhos com questões relativas às patologias e estruturação subjetiva, na linha de pesquisa linguagem e psicanálise. Os interessados deverão passar por uma entrevista com a Prof.ª Dr.ª Nina Virgínia de A. Leite.

Solicitação de atendimento clínico
Para solicitação de atendimento e orientações sobre encaminhamentos entrar em contato pelo email elianabenguela@uol.com.br.